sábado, 5 de maio de 2012

UMA CASA ABERTA PARA O VERDE

Parte 4 - Escritório da dona da casa

"A dúvida é o princípio da sabedoria."
Aristóteles

ANTES

Problema: As imagens já dizem muito: fios espalhados, mesa de escritório comercial... enfim, um ambiente com tudo para fazer. Ótimo para mim. Dá para criar mais - desde que os proprietários concordem. E eles concordaram!

DEPOIS
Solução: Desenhei uma mesa de trabalho em vigas de demolição. São 7 vigas que fazem 0,70cm de largura, por 1,80m de comprimento (trabalho da Loja do Barba). Ela se apoia em um móvel que reúne a CPU do computador, roteador e estabilizador.
A iluminação em cima da mesa é feita por dois spots direcionáveis para AR 111. Além deles, uma luminária de apoio, a Tolomeu, da casa de design italiana Artemide. Os quadros foram pintados pela mãe da proprietária da casa.

Os proprietários desta residência, ela uma jornalista, ele um engenheiro, têm muitos livros - são quase 2.000 títulos, além de inúmeras coleções de revistas de diferentes temas. Era precisa uma estante parruda, porém de visual leve, e que facilitasse o encontro dos livros. Também era preciso guardar documentos, pastas e uma série de papelada que não precisa ficar à vista de ninguém, nem mesmo deles. Então, projetei essa estante, em MDF revestido de laminado branco, com 45 nichos de diferentes tamanhos, 9 gavetas (sendo um gavetão) e dois armários (trabalho da Celmar).

Para alcançar os livros nos nichos mais altos, escada de aço inox feita sob medida pela Vipy Metais.

Mimos da proprietária: um fusca de madeira maciça da Oficina de Agosto e uma bicicleta bem grande comprada há anos na Cecília Dale. 

A face sul deste escritório pedia elementos para esquentar o ambiente, como tapete e esta cortina dupla (Bello Lar). Uma dela é um rolô de fibra rústica e, a que fica em cima, é de linho bege, com pregas macho. Quando esquanta, é só abrir tudo.



Cadeira Aeron da americana Herman Miller, um dos objetos de desejo da dona da casa.

Lixeira feita por uma tribo indígena, presente que a proprietária ganhou de uma grande fabricante de cosméticos.

Mais seis nichos e quatro gavetas para guardar miudesas e material de escritório (trabalho da Marcenaria Wilson).


Escultura em ferro vinda de Minas Gerais.



 A bergére era uma condição sino qua non para a proprietária: o escritório tinha que ter uma para os momentos de relax e leitura. Optei por um modelo clássico, revestida de linho igual ao da cortina e, nas almofadas soltas, um linho estampado com jeito de vovó. Quando ela cansa, muda o visual com capas de sarja peletizada branca, feitas sob medida (trabalho da Móveis Calderon), que dá um toque mais moderno à bergére.

Beneficiada pelo Jardim de Boas Vindas, que sobe até o segundo piso da casa, esta janela traz luz e a beleza da natureza para dentro do escritório.


Fonte das fotos: arquivo pessoal desta designer.


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