quinta-feira, 30 de agosto de 2012

50 VERSÕES CELEBRAM

OS 50 ANOS da EGG

Icônica peça de Jacobsen ganha mostra no MuBE

 



  (Foto: divulgação)
Não é exagero afirmar que qualquer lista das peças mais importantes da história do design que pretenda ser séria deve, obrigatoriamente, incluir a poltrona Egg, possivelmente perto do topo do ranking. O icônico móvel, criado por um autor de ícones em série – o dinamarquês Arne Jacobsen –, comemora, neste ano, meio século de existência. Para celebrar a data, o artista plástico Tal R – que já decorou até a casa de inverno da família real dinamarquesa – customizou 50 exemplares da peça, que ficarão expostos no Museu Brasileiro da Escultura – MuBE, em São Paulo, a partir desta sexta-feira, 31 de agosto de 2012.
 
A mostra comemorativa apresenta diferentes versões da imponente Egg, customizadas com o colorido patchwork de tecidos garimpados em diversos pontos do globo, como Istambul, Berlim e Nova York, além de lojas de móveis vintage da Dinamarca e de roupas de trabalhadores rurais de Israel. “O objetivo era fazer uma poltrona que contasse múltiplas histórias. Os pedaços de tecido tinham de ser cheios de vida. Deveria parecer um pouco com as feitas artesanalmente”, explica o artista, israelense de nascimento, mas radicado em Copenhague.
 
A coleção, que rodou o mundo em exposições em museus, galerias e lojas conceituais, procura incorporar uma dimensão inconsciente ao design. É que as poltronas ganharam nomes curiosos, inspirados em Sigmund Freud, de quem Tal R é fã: Martha (esposa do pai da psicanálise), Irma (nome de um dos sonhos analisados de Freud) e Adler (amigo próximo, médico e psicólogo de Freud). Cada nome foi escrito por baixo, e cada cadeira, assinada pelo artista, já que o nome da cadeira (“ovo” em português) significa, na linguagem do pai da psicanálise, um símbolo das forças da reprodução e da habilidade de criar novas vidas.
 
Egg Chair e Tal R
Local: Museu Brasileiro da Escultura – MuBE
Endereço: avenida Europa, 218, Jardim Europa, São Paulo
Data: de 31 de agosto a 23 de setembro
Horário: de terça a domingo, das 10h às 19h
Entrada franca
  (Foto: divulgação)

  (Foto: divulgação)

  (Foto: divulgação)

  (Foto: divulgação)

  (Foto: divulgação)


Fonte: Casa Vogue

terça-feira, 14 de agosto de 2012

JARDINS NAS ALTURAS

Tudo aquilo que você queria saber sobre telhados verdes e não tinha coragem de perguntar

Texto de Frank Siciliano*, para a revista "Conceitual", da ABD

O Telhado verde traz vários benefícios para a edificação e o seu entorno. Além de evidente aspecto estético, tem importantes vantagens práticas:

1- É poderoso isolante térmico, por proteger o pavimento inferior da insolação e criar um ambiente agradável. Também contribui na impermeabilização da cobertura, ao evitar dilatações, retrações e vazamentos.

2- Retarda a descida da água da chuva para as redes pluviais, evitando a sobrecarga e alagamento dos sistemas.

3- Contribui para diminuir as "ilhas de calor" provocadas pelo aumento da temperatura ambiente em regiões de pouca vegetação e muito pavimentadas.


BEIRUT WONDER FOREST - Beirute prova que projetos verdes são viáveis em qualquer cidade, mesmo as problemáticas. A imensa capital do Líbano, em área verde, tem apenas 0,8 metros quadrados por pessoa, bem abaixo do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 12 metros quadrados por pessoa. Mas, um projeto de lei transformará a cidade, com cerca de 2,5 milhões de habitantes, na primeira do mundo com a obrigatoriedade de plantar jardins nas coberturas de prédios -- como solução imediata para esse grave problema ambiental. As imagens, feitas pelo StudioInvisible, simulam a aparência de Beirute com os jardins. Veja mais em www.studioinvisible.org

Importante saber que o telhado verde não elimina a cobertura impermeabilizada, que deve ser apoiada em laje ou telhas. Essa execução pode ser feita de diversas formas: jardins suspensos, sistemas industrializados ou modulares.



Os jardins suspensos são recomendados em obras onde ocorram maior sobrecarga na laje. Exigem também mais altura para contemplar o sistema com drenagem sub-superficial, quantidade maior de terra e de vegetação. Essa modalidade apresenta a vantagem de manter espécies de maior porte.

Os sistemas industrializados contam com tecnologia avançada, rapidez na instalação e maior adaptabilidade na implantação de reformas, porque apresentam pouca sobrecarga à cobertura existente. São compostos por manta anti-raízes que protege a impermeabilização ou a cobertura, mais uma bandeja que armazena a água de chuva até que escoe pelo sistema de drenagem (ou que sejam utilizadas nas plantas).
brevivem
Sobre a plataforma é colocada a manta, que serve de filtro e de suporte para o substrato em que será plantada a vegetação.

Por fim, é instalada uma armação plástica para estruturar, além de reter terra e plantas em planos inclinados que evitem o pisoteio.

Todo esse sistema tem apenas 5cm de altura e pesa aproximadamente 60 quilos por metro quadrado. A montagem de uma cobertura de 200 metros quadrados, por exemplo, não demora mais que um dia de trabalho.

A manutenção desse sistema é fácil e depende das espécies escolhidas. Há plantas que sobrevivem com pouca água por muito tempo e utilizam água das bandejas de retenção, apresentando crescimento limitado pela quantidade reduzida de substrato.

O custo da instalação de telhados verdes varia de acordo com o modelo e as plantas escolhidas, de R$ 100 a R$ 200 o metro quadrado. Esses custos se tornam atraentes ao se considerar a eliminação de isolantes térmicos na cobertura e a economia de energia por não-utilização de ar-condicionado nos ambientes.

Ilustração mostra como seria o centro de São Paulo com cobertura verde

*Frank Siciliano é arquiteto da Todescan Siciliano Arquitetura (tsarq.com).


TELHADOS VERDES

Em Toronto, no Canadá, a prefeitura local planeja cobrir 75% dos prédios da cidade com vegetação


Para reduzir o calor nas grandes cidades, combater o efeito estufa e minimizar problemas como enchentes e transbordamento de esgotos, uma ideia vem sendo implementada com sucesso em alguns lugares do mundo: os telhados verdes, ou Green Roofs.

Basicamente, a ideia é plantar os mais diferentes tipos de vegetação na cobertutra dos edifícios.

Os telhados verdes, segundo estudos, melhoram em 30% as condições térmicas no interior dos prédios, além de diminuir a poluição nos congestionados centros urbanos, ajudar a manter constante a umidade relativa do ar e formar um microclima em torno.

E foi pensando nisso que a prefeitura de Toronto, no Canadá, criou um plano de estímulo a essa técnica. O objetivo é instalar telhados verdes em prédios já existentes e naqueles que serão construídos, com meta de alcançar de 50% a 75% de abrangência. Iniciativas privadas que aderem à causa são contempladas com incentivos fiscais.

Para reforçar a iniciativa da prefeitura, funcionários municipais desenvolvem, em parceria com técnicos dos fundos Atmosférico e Hidráulico de Toronto, um programa de reconhecimento dos benefícios causados pela implantação do sistema para a energia, a qualidade do ar e o clima na cidade.

Fonte: www.toronto.ca/greenroofs e revista Conceitual, da ABD




 
FLORESTA VERTICAL

Em Milão, Itália, dois prédios residenciais têm árvores plantadas nas varandas dos apartamentos



Projeto ambicioso e inovador. E o legal é que não se trata apenas de uma ideia possível, mas já colocada em prática. O Bosco Verticale, em construção no bairro de Isola, em Milão, faz parte do plano urbanístico BioMilano. A proposta é criar um cinturão verde ao redor da cidade italiana e restaurar 60 fazendas, abandonadas na periferia, para uso da população.

O Bosco Verticale tem duas torres residenciais: uma com 110 metros de altura e outra com 76 metros. A maior diferença desse projeto (em relação a outros que têm a sustentabilidade como objetivo) são as varandas dos apartamentos com árvores e outras espécies de plantas.

Segundo Stefano Boeri, arquiteto do projeto, será a primeira floresta vertical do planeta.

"Essa proposta de reflorestamento metropolitano contribui para a regeneração do ambiente e da biodiversidade. As 900 árvores e outros tipos de vegetação criam um microclima. A diversidade das plantas produz umidade, absorve CO2 e partículas sujas, e proteje da radiação e da poluição acústica, promovendo melhor qualidade de vida e armazenamento de energia."

VARANDAS VERDES
Modo de trazer o verde de volta às cidades, prédios com árvores e plantas são tendência na arquitetura. Só a vegetação do Bosco Verticale ocuparia uma área de 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol.


No verão, as árvores sombreiam as janelas e filtram a poeira da cidade; no inverno, o sol brilha através dos ramos ressecados. Os dois prédios contam com tecnologia que recupera e produz energia, ao mesmo tempo que filtra a poluição do ar. Também têm sistemas de energia eólica e fotovoltaica para aumentar o grau de autossuficieência energética. E a irrigação é feita com o reaproveitamento da água produzida pelos edifícios.






Fonte: www.stefanoboeriarchitetti.net e revista Conceitual, da ABD.