Artista plástico israelense reveste o clássico de design de Arne Jacobsen com retalhos de diferentes partes do mundo. Confira todas as estampas na galeria de fotos
Mas um de seus móveis virou ícone em boa parte do mundo: a poltrona Ovo ou Egg Chair.A peça de linhas curvas, superfícies delgadas e ar acolhedor contrasta com as formas rígidas do hotel.
Quem reclina a cabeça em seu encosto em forma de concha isola-se do mundo por alguns instantes. “Arne criou um lugar seguro onde você se esconde em seus quadrado, suas costas ficam protegidas e você pode ler, ouvir música ou simplesmente relaxar”, resume Jacob Holm, presidente da Republic of Fritz Hansen, empresa que comercializa a peça.
Em 2008, quando a poltrona fez 50 anos, Jacob comissionou o artista plástico israelense Tal Rosenzweigpara homenageá-la. Entre um gole e outro de um bom vinho tinto, Tal convenceu o CEO a produzir e expor cinquenta poltronas cobertas por retalhos. Em lugar do couro meticulosamente esticado por artesãos na fábrica, a poltrona recebeu cobertas meio enrugadas, feitas com retalhos de jeans, toalhas infantis, bandeiras, roupa de cama...
Os tecidos vêm de lugares como Estados Unidos, Turquia ou Israel. Para completar a obra, Tal decidiu distribuir entre as poltronas 50 nomes ligados às teorias do psicanalista Sigmund Freud.A ideia era fazer as pessoas olharem a poltrona com menos reverência e mais proximidade.
“A Ovo faz parte da cultura erudita”, diz Tal R. “Patchwork, normalmente, é algo que sua vó faz e você tem na sua cama. É cultura popular. Então é uma coisa que realmente não combina com a cadeira, mas você faz combinar. É como misturar água e óleo. E quando você consegue, uma nova audiência consegue se aproximar da poltrona”.
Depois de circular pelo mundo, a exposição chegou ao Brasil. Fica até dia 23 no Museu Brasileiro da Escultura, em São Paulo. A inauguração da exposição, inclusive, foi de uma nobreza só. O princípe e a princesa da Dinamarca vieram para abrir a mostra. Viaja depois para o MAC de Niterói, onde fica entre de 6/10 a 14/11.
26 de julho de 1914,data de uma das cartas de Freud.
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