segunda-feira, 14 de maio de 2012

UM ISAY WEINFELD NA VILA MADALENA


Imagens: Isay Weinfeld

Com volumetria dinâmica e instigante, o mais novo projeto do arquiteto Isay Weinfeld é um edifício residencial que evita o pavimento tipo. Localizado na Vila Madalena, um bairro jovem e em efervescente transformação da capital paulista, o Edifício Oka vai ser implantado entre duas ruas, em uma encosta com desnível de 19 metros.

A topografia íngreme do terreno e a solicitação da construtora de que o edifício contemplasse apartamentos com programas diferentes, direcionou o arquiteto a conceber uma construção escalonada. Assim, o projeto prevê andares que ora estão mais à frente, ora mais ao fundo, ora mais à esquerda e ora mais à direita.

Isay Weinfeld explica que “o desalinhamento dos andares é de certa forma decorrência dessa necessidade de ajustar programas tão diferentes a um mesmo esqueleto estrutural, comum a todos os pavimentos”. Além disso, o arquiteto revela que o desafio do projeto consistiu em garantir uma solução otimizada e eficiente para a circulação vertical.

Com apenas oito unidades residenciais, os apartamentos variam de 360m² a 550m². O acesso é feito pela rua no ponto mais alto do terreno e acima deste nível serão oito pavimentos, sendo cinco apartamentos, um por andar, e um triplex. Abaixo do nível adotado como térreo, foram previstas duas unidades duplex que dividem o pavimento com as garagens. E, por fim, dois andares abaixo foram destinados para espaços de lazer do edifício, além de um espaço comercial com acesso em nível pela rua de baixo - o ponto mais baixo do terreno.

O resultado final é um edifício que segue não só a topografia, mas dá continuidade à linguagem das casas escalonadas do entorno, aproveitando ao máximo à vista privilegiada e a arborização da região.

Apesar do cronograma da obra ainda não estar fechado, a previsão do início da construção é julho ou agosto de 2012.

 Com volumetria dinâmica e instigante, o edifídio proporciona uma vista privilegiada aos apartamentos.

 O partido do edifídio segue a linguagem das casas escalonadas do entorno.

 Acima do nível térreo, serão oito pavimentos, sendo cinco apartamentos (um por andar) e um triplex.

 O edifício conta com um espaço comercial com acesso em nível pela rua de baixo.

 Perspetiva ilustrada do edifício a partir da rua de baixo.

A topografia íngreme do terreno direcionou o arquiteto a conceber uma construção escalonada.

EDIFÍCIO OKA
Arquitetura

Isay Weinfeld

Data 2011

Local
São Paulo, SP

UMA CASA QUE DANÇA

CONFORME O SOL

Projeto será apresentado durante competição de arquitetura, em Madri, na Espanha

Teto da casa se move de acordo com a orientação solar
Foto: Reprodução internet
Teto da casa se move de acordo com a orientação solar (Reprodução internet)

Imagina morar numa casa com um teto que dança conforme a posição do sol? Pois lá em Portugal, um grupo de estudantes da Universidade do Porto não só imaginou como desenvolveu o projeto “Casas em Movimento”. A habitação, que será montada pela primeira vez em setembro, durante a competição “Solar Decanthon”, em Madrid, foi concebida em 2008 para reagir ao movimento do sol, seguindo-o ao longo do dia para recolher energia, além de garantir um maior aproveitamento térmico e de iluminação.

E como é que o teto dança, afinal? São dois movimentos, combinados, de rotação, feitos sobre a própria casa em função da energia solar. O conceito obedece a um "efeito girassol", pois a habitação está sujeita a movimentos combinados de rotação (painéis e casa), em função do percurso do sol. Ou seja, ela rodará aproximadamente 180º, de nascente para poente (seguindo o conceito natural de fototropismo, à semelhança de um girassol). E tudo isso sem perder de vista o design do imóvel, que tem traços contemporâneos. A ideia, aliás, surgiu com o objetivo de entender como funciona os painéis fotovoltaicos.

Segundo o idealizador do projeto, o estudante Manuel Vieira Lopes, as “Casas em Movimento” representam uma nova geração de residências sustentáveis e autossuficientes, aproveitando o potencial solar (fonte de luz e calor) para satisfazer as necessidades energéticas do cotidiano. E tem mais: elas podem ter seu tamanho alterado em função das necessidades do proprietário. A ideia é comercializar este tipo de construção e explorar os tipos de tecnologia que se desenvolvem em Portugal.


Fonte: O Globo